terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O que você precisa saber sobre TV digital



O telespectador poderá interagir com a emissora
A nova tecnologia promete uma revolução, mas não para já.
“Para quem não estive provido de recursos financeiros para adquirir receptores”

A televisão é o entretenimento mais popular no Brasil. Pode faltar tudo numa casa mas dificilmente não haverá um aparelho de TV. Os programas televisivos chegam a 50 milhões de lares, ou 163 milhões de pessoas. É fácil entender, portanto, o alcance de uma mudança que pode ser radical com o passar dos anos, mas que agora apenas engatinha.

No dia 2 de dezembro, na Grande São Paulo. Nos meses seguintes, nas demais capitais. E em 2009, no interior de todo o Brasil. As transmissões analógicas só serão interrompidas em 2016 – os brasileiros terão, portanto, nove anos para se adaptar.
“No dia 2 de dezembro para algum poucos privilegiados”.

É preciso trocar o televisor?
Sim, a não ser que você já tenha uma TV de plasma ou de LCD com entrada para um cabo HDMi. Nesses casos, basta ter um aparelho receptor, ou “set top box”, uma antena UHF e um cabo HDMi, que custa cerca de R$ 100. Os televisores tradicionais poderão captar agora o sinal digital, mas com ganho pequeno na qualidade da imagem.
“O que devemos fazer com os nossos televisores? Esta a revista não teve interesse de responder. E bastante obvio, jogaremos os televisores velhos fora poluindo o meio ambiente!”

Quando os receptores estarão disponíveis?
Os primeiros chegarão às lojas na próxima semana. Custarão caro! cerca de R$ 700 para aparelhos normais e R$ 1,1 mil para televisores de alta definição, a “Full High Definition”. Os novos modelos de TV, vendidos a partir do ano que vem, virão com receptor embutido. Ou seja: não vale a pena comprar agora o receptor.

Tenho TV por assinatura. Preciso do receptor?

Sim, mas só se você tiver pressa em entrar na nova tecnologia. As operadoras oferecerão novos conversores aos assinantes no ano que vem, apto a receber o sinal digital.

O que mudará com a TV digital?
Num primeiro momento a qualidade de som e imagem vai melhorar. O formato da imagem será mais retangular, como no cinema. Depois será possível receber informações, como o que aconteceu no último capítulo da novela. Em breve o telespectador poderá interagir com a programação. Os conversores disponíveis agora não estão completamente adaptados para funções interativas. Eles só devem começar a ser atualizados no ano que vem.

Como será essa interação?
De várias formas. O telespectador poderá votar no time com chances de ganhar uma partida, responder a pesquisas, voltar cenas. Com o controle remoto será possível comprar produtos e pagar contas.

As emissoras abertas mudarão o conteúdo?
Sim, mas é avanço lento. A globo, por ser líder do mercado, investiu R$ 200 milhões em equipamentos. Com a resolução altíssima nos aparelhos de alta definição, detalhes antes imperceptíveis, como rugas dos atores, ficarão visíveis.

Os programas antigos continuarão sendo transmitidos?
Sim. Devido às diferenças de definição, os aparelhos poderão exibir faixas pretas laterais, nas extremidades (quando a televisão com função digital receber uma transmissão analógica) ou faixas pretas horizontais (quando a televisão sem função digital receber uma transmissão digital).

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