Raquel do Monte
Depois de ganhar o 10º Festival de Cinema Brasileiro de Paris, o cineasta Paulo Caldas participa da mostra Olhares da Aliança Francesa. A sessão do cineclube da Aliança Francesa ocorre nesta sexta-feira (30 de maio) a partir das 19h. Na ocasião, será exibido o filme La femme d'à côté, clássico francês dirigido pelo mestre François Truffaut.
Após a exibição do filme, Caldas conversa com o público sobre as influências do fundador da nouvelle vague na sua obra, sobre cinema francês e, sobretudo, brasileiro. Segundo o realizador pernambucano, a forma de Truffaut filmar representa um dos estilos que mais marcou a cinematografia mundial. Para ele, a câmara de Truffaut soube captar de maneira magnífica as subjetividades e as sensações dos personagens.
François Truffaut é um dos grandes nomes do cinema moderno francês. Iniciou na arte cinematográfica como crítico publicando textos na famosa revista Les Cahiers du cinéma. Neste sentido, elaborou as bases da "Política de autores", que considerava uma obra fílmica como algo individual, fruto do trabalho do autor. Na metade da década de 50 começou a produzir filmes e integrou-se ao movimento da Nouvelle Vague junto com Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, Claude Chabrol e Eric Rohmer.
La femme d'à côté é o penúltimo filme de Truffaut e foi lançado em 1981. A narração traz o ator Gerard Dépardieu como o personagem Bernard Coudray, um home que fica atordoado ao perceber que o seu novo vizinho é casado com sua ex-amante, interpretada pela atriz Fanny Ardant. O antigo casal se comporta como se estivesse se conhecendo naquele instante, mas em pouco tempo o caso amoroso é reiniciado. Durante uma festa ele perde o controle da situação e o fato deles terem sido amantes no passado vem à tona, deixando toda a situação mais tensa.
O pernambucano foi co-realizador de Baile Perfumado (com Lírio Ferreira), vencedor do Festival de Brasília em 1997. Em 2000 lançou seu segundo longa-metragem, o documentário O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas – prêmios de público no Festival de Brasília e no É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários –, co-dirigido com Marcelo Luna. No ano passado lançou o longa de ficção Deserto feliz, arrematando o prêmio da crítica, de melhor diretor e de melhor filme do júri popular no Festival de Gramado e de melhor filme no 10º Festival de Cinema Brasileiro de Paris.
O cineclube da Aliança Francesa ocorre mensalmente e no primeiro semestre a Mostra Olhares convida cineastas pernambucanos para conversar com o público sobre sua obra e o cinema francês, por exemplo. Já passaram pelo evento os cineastas Claudio Assis, Hilton Lacerda e Marcelo Gomes. Em junho, será a vez de Lírio Ferreira de encerrar a mostra. O Olhares tem curadoria de Marcelo Lordello, Marcelo Pedroso e Raquel do Monte e conta com o apoio da TAM Linhas Aéreas e a Cinemateca da Embaixada França.
Serviço:
Mostra Olhares do Cineclube da Aliança Francesa do Recife
Sexta-feira, 30 de maio, às 19h
Auditório André Malraux, localizado na Aliança Francesa do Recife (Rua Amaro Bezerra, 466, Derby)
Entrada gratuita
Informações: 3222.0918
Após a exibição do filme, Caldas conversa com o público sobre as influências do fundador da nouvelle vague na sua obra, sobre cinema francês e, sobretudo, brasileiro. Segundo o realizador pernambucano, a forma de Truffaut filmar representa um dos estilos que mais marcou a cinematografia mundial. Para ele, a câmara de Truffaut soube captar de maneira magnífica as subjetividades e as sensações dos personagens.
François Truffaut é um dos grandes nomes do cinema moderno francês. Iniciou na arte cinematográfica como crítico publicando textos na famosa revista Les Cahiers du cinéma. Neste sentido, elaborou as bases da "Política de autores", que considerava uma obra fílmica como algo individual, fruto do trabalho do autor. Na metade da década de 50 começou a produzir filmes e integrou-se ao movimento da Nouvelle Vague junto com Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, Claude Chabrol e Eric Rohmer.
La femme d'à côté é o penúltimo filme de Truffaut e foi lançado em 1981. A narração traz o ator Gerard Dépardieu como o personagem Bernard Coudray, um home que fica atordoado ao perceber que o seu novo vizinho é casado com sua ex-amante, interpretada pela atriz Fanny Ardant. O antigo casal se comporta como se estivesse se conhecendo naquele instante, mas em pouco tempo o caso amoroso é reiniciado. Durante uma festa ele perde o controle da situação e o fato deles terem sido amantes no passado vem à tona, deixando toda a situação mais tensa.
O pernambucano foi co-realizador de Baile Perfumado (com Lírio Ferreira), vencedor do Festival de Brasília em 1997. Em 2000 lançou seu segundo longa-metragem, o documentário O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas – prêmios de público no Festival de Brasília e no É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários –, co-dirigido com Marcelo Luna. No ano passado lançou o longa de ficção Deserto feliz, arrematando o prêmio da crítica, de melhor diretor e de melhor filme do júri popular no Festival de Gramado e de melhor filme no 10º Festival de Cinema Brasileiro de Paris.
O cineclube da Aliança Francesa ocorre mensalmente e no primeiro semestre a Mostra Olhares convida cineastas pernambucanos para conversar com o público sobre sua obra e o cinema francês, por exemplo. Já passaram pelo evento os cineastas Claudio Assis, Hilton Lacerda e Marcelo Gomes. Em junho, será a vez de Lírio Ferreira de encerrar a mostra. O Olhares tem curadoria de Marcelo Lordello, Marcelo Pedroso e Raquel do Monte e conta com o apoio da TAM Linhas Aéreas e a Cinemateca da Embaixada França.
Serviço:
Mostra Olhares do Cineclube da Aliança Francesa do Recife
Sexta-feira, 30 de maio, às 19h
Auditório André Malraux, localizado na Aliança Francesa do Recife (Rua Amaro Bezerra, 466, Derby)
Entrada gratuita
Informações: 3222.0918
